31 de ago. de 2014

A Violência das Leis

Muitas constituições foram criadas - a começar pela inglesa e a estadunidense, terminando com a japonesa e a turca - de modo a fazer com que as pessoas acreditassem que todas as leis estabelecidas atendiam a desejos expressos pelo povo. Mas a verdade é que não só nos países autocráticos, como naqueles supostamente mais livres - como a Inglaterra, os EUA, a França e outros - as leis não foram feitas para atender a vontade da maioria, mas sim a vontade daqueles que detêm o poder. Portanto elas serão sempre, e em toda parte, aqueles que mas vantagens possam trazer à classe dominante e aos poderosos. Em toda a parte e sempre, as leis são impostas utilizando os únicos meios capazes de fazer com que algumas pessoas se submetam à vontade de outras, isto é, pancadas, perda da liberdade e assassinato. Não há outro meio.
Nem poderia ser de outro modo, já que as leis são uma forma de exigir que determinadas regras sejam cumpridas e de obrigar determinadas pessoas a cumpri-las (ou seja, fazer o que outras pessoas querem que elas façam) e isso só pode ser obtido com pancadas, com a perda da liberdade e com a morte. Se as leis existem, é necessário que haja uma força capaz de fazer com que alguns seres se submetam à vontade de outros e esta força é a violência. Não a violência simples, que alguns homens usam contra seus semelhantes em momento de paixão, mas uma violência organizada, usada por aqueles que têm o poder nas mãos para fazer com que os outros obedeçam à sua vontade.
Assim, a essência da Legislação não está no Sujeito, no Objeto, no Direito, na idéia do domínio da vontade coletiva do povo ou em qualquer outra condição tão confusa e indefinida, mas sim no fato de que aqueles que controlam a violência organizada dispõe de poderes para forçar os outros a obedecê-los, fazendo aquilo que eles querem que seja feito.
Assim, uma definição exata e irrefutável para legislação, que pode ser entendida por todos, é esta: "As leis são regras feitas por pessoas que governam por meio da violência organizada que, quando não acatamos, podem fazer com que aqueles que se recusam a obedecê-las sofram pancadas, a perda da liberdade e até mesmo a morte".

Autor: Liev Tolstoi

29 de ago. de 2014

Frases sobre a Farsa do VOTO...

Anônimo
A melhor forma de votar é arrancar as pedras da calçada e lançá-las nas cabeças dos políticos.
- Paris, 2006

Octave Mirbeau, Greve de Eleitores (1888)
Os cordeiros que vão ao matadouro nada dizem e nada esperam. Mas ao menos eles não votam no açougueiro que os matará, e no burguês que os comerá. Mais besta que as bestas, mais ovino que os ovinos, o eleitor elege seu açougueiro e escolhe seu burguês. Revoluções foram feitas pela conquista desse direito.


Zo d'Axa, Vocês não passam de idiotas
Vocês estão sendo enganados! Foi dito que a Câmara dos deputados, composta por imbecis e ladrões, não representa a maioria dos votantes. Isso é Mentira! Pelo contrário, uma Câmara formada por deputados que são idiotas e ladrões representa perfeitamente os eleitores que vocês são. Não protestem; uma nação têm os líderes que merece!

27 de ago. de 2014

Não Vote! (ou, se for obrigado... Vote Nulo!)

"Em época de eleições é sempre bom lembrar o texto clássico de Elisee Reclus, escrito ao final do século XIX mas VIVO, muito VIVO nos dias de hoje. Vamos fazer a DEMOCRACIA DIRETA com autonomia e poder popular."

Tradução de: Mario Bresighello

Por que os Anarquistas não votam?

TUDO o que pode ser dito a respeito do sufrágio pode ser resumido em uma frase:

Votar significa abrir mão do próprio poder.

Eleger um senhor, ou muitos senhores, seja por longo ou curto prazo, significa entregar a uma outra pessoa a própria liberdade.

Chamado monarca absoluto, rei constitucional ou simplesmente primeiro ministro, o candidato que levamos ao trono, ao gabinete ou ao parlamento sempre será o nosso senhor. São pessoas que colocamos “acima” de todas as leis, já que são elas que as fazem, cabendo-lhes, nesta condição, a tarefa de verificar se estão sendo obedecidas.

Votar é uma idiotice.

É tão tolo quanto acreditar que os homens comuns como nós, sejam capazes, de uma hora para outra, num piscar de olhos, de adquirir todo o conhecimento e a compreensão a respeito de tudo. E é exatamente isso que acontece. As pessoas que elegemos são obrigadas a legislar a respeito de tudo o que se passa na face da terra: como uma caixa de fósforos deve ou não ser feita, ou mesmo se o país deve ou não guerrear; como melhorar a agricultura, ou qual deve ser a melhor maneira para matar alguns árabes ou negros. É muito provável que se acredite que a inteligência destas pessoas cresça na mesma proporção em que aumenta a variedade dos assuntos com os quais elas são obrigadas a tratar.

Porém, a história e a experiência mostram-nos o contrário.

O poder exerce uma influência enlouquecedora sobre quem o detém e os parlamentos só disseminam a infelicidade.

Nas assembleias acaba sempre prevalecendo a vontade daqueles que estão, moral e intelectualmente, abaixo da média.

Votar significa formar traidores, fomentar o pior tipo de deslealdade.

Certamente os eleitores acreditam na honestidade dos candidatos e isto perdura enquanto durar o fervor e a paixão pela disputa.

Todo dia tem seu amanhã. Da mesma forma que as condições se modificam, o homem também se modifica. Hoje seu candidato se curva à sua presença; amanhã ele o esnoba. Aquele que vivia pedindo votos, transforma-se em seu senhor.

Como pode um trabalhador, que você colocou na classe dirigente, ser o mesmo que era antes já que agora ele fala de igual para igual com os opressores? Repare na subserviência tão evidente em cada um deles depois que visitam um importante industrial, ou mesmo o Rei em sua antessala na corte!

A atmosfera do governo não é de harmonia, mas de corrupção. Se um de nós for enviado para um lugar tão sujo, não será surpreendente regressarmos em condições deploráveis.

Por isso, não abandone sua liberdade.

Não vote!

Em vez de incumbir os outros pela defesa de seus próprios interesses, decida-se. Em vez de tentar escolher mentores que guiem suas ações futuras, seja seu próprio condutor. E faça isso agora! Homens convictos não esperam muito por uma oportunidade.

Colocar nos ombros dos outros a responsabilidade pelas suas ações é covardia.

Não vote!


Elisee Reclus

24 de ago. de 2014

Vamos Desarmar os Bandidos Reais: Não dê Mole! Não Vote ou Vote Nulo!

Campanha - e essa é muito boa! - pelo desarmamento da real bandidagem que persegue os brasileiros:


Imagem (que pode servir para cartaz, camiseta etc...) acessada e acessível no blog "Literatura Subversiva".

13 de ago. de 2014

Mobilização Popular pelo VOTO NULO

Campanha atualíssima que encontrei rodando na internet:

Mobilização Popular pelo VOTO NULO

O sistema econômico e político está viciado.
Para se eleger, um candidato tem que gastar milhões de reais.
Por isso os candidatos são financiados por grandes empresas e multinacionais.
E ficam amarrados aos compromissos com os poderosos financiadores e seus interesses “lobistas” frente ao governo e às transações para serem beneficiados com projetos e favores por parte de autoridades corrompidas e “compradas”.
O político eleito entra em um sistema viciado no qual, se discordar, está queimado.
Isso chamam de “democracia”.
Pense nisso.





E você também pode participar dessa campanha, imprimindo os panfletos ou as camisetas com seu lema ou o texto de seu argumento, ou mesmo através do seu abaixo-assinado (no AVAAZ):